Esse, sem dúvida, é o momento da ginástica que me dá frio na barriga. Há quase um ano atrás fui dignosticada com um tumor no abdomên. Pela misericórdia de Deus, não se tratava de um tumor maligno porém, bastante agressivo.
Precisava retirar o tumor e com ele o reto e a parede abdominal. Não consigo descrever os sentimentos que tive naquela hora, mas entreguei tudo nas mãos de Deus e segui em frente. A gente nunca sabe o quanto precisa de uma parte do nosso corpo até ficar sem ela. Foi então que eu descobri que usamos o abdomên para deitar e levantar, espirrar, tossir, sorrir (sabe aquela risada bem gostosa de doer a barriga??) ir ao banheiro (nº 2)... em quase todos os movimentos, sem você perceber, ele se contrai e isso causava muita, mais muita dor.
Passada uma longa e dolorosa recuperação, a vida ia voltando ao normal e em novembro do ano passado recebi alta para atividades físicas moderadas. Entre idas e vindas estou na quarta semana me exercitando e ensaiando abdominais. De fato, não é mais como era antes, o corpo está mais lento e ainda com pouca resistência. Ainda! Mas quem disse que seria fácil?
Eu não sei se isso vai lhe trazer alguma inspiração. Mas eu sei que os dias e as noites foram longas naquele hospital e que em casa eu não podia ficar muito tempo sentada e nem muito tempo de pé. E então Deus me deu um presente, a restauração da minha saúde, e além disso me permitiu voltar a fazer coisas que eu gosto, mesmo que devagar, devagarinho, parando de vez enquando e começando de novo. Porque, como diz uma amiga, Deus não esquece os nossos sonhos e Nele, sempre somos capazes de recomeçar.
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